segunda-feira, 1 de abril de 2013

Respiração Celular


Respiração Celular 


Por   Fabiana Santos Gonçalves 

A respiração é o resultado da oxidação de compostos orgânicos e não apenas o resultado de trocas gasosas. É a oxidação de compostos orgânicos para a produção de energia, porém ela é um processo muito 
complexo, que produz vários compostos importantes para o metabolismo, além de energia. 
A respiração ocorre em todas as células vivas, portanto em todas as partes da planta. A energia liberada a partir da oxidação dos alimentos será utilizada na síntese de substâncias, absorção de sais minerais, entre outros processos, não existindo um órgão sede. 
Ela é de fundamental importância para a vida, tendo como conseqüência a morte celular caso pare. A intensidade da respiração varia conforme a necessidade metabólica de cada célula e pode ser medida através do gás carbônico liberado e pelo oxigênio absorvido. Como a fotossíntese e a respiração ocorrem ao mesmo tempo e uma usa os produtos da outra, a respiração deve ser medida no escuro. 

Respiração nos órgãos vegetais 

Raízes: A respiração neste órgão da planta é intensa e o açúcar utilizado é proveniente do floema. Este açúcar é produzido nas folhas. A energia liberada é utilizada para o crescimento da raiz, absorção e acúmulo de nutrientes e síntese de compostos celulares, utilizando oxigênio proveniente das folhas. 


Caule: a região de crescimento do caule, chamada câmbio, é a que mais precisa de energia, por conta da sua atividade metabólica, e por isso esta é a parte do caule que mais precisa de energia. O substrato também vem do floema. 

Folhas: Sabe-se que a eliminação de gás carbônico pelas folhas é constante, por toda a vida. Um pouco antes da abscisão ocorre um aumento na respiração da folha, seguida de uma diminuição, e em seguida, a abscisão.

Frutos: Nas fases iniciais de formação do fruto, a respiração de taxas altíssimas por causa da intensa atividade celular. Esta atividade diminui após um curto período de desenvolvimento e próximo ao fim da fase de maturação há um aumento, seguido de um decréscimo, período chamado de climatério.


Germinação das sementes: Durante a germinação a semente produz muitas enzimas e hormônios que promovem o crescimento, resultando em quebra de moléculas e produção de açúcares que serão consumidos na respiração e crescimento. A liberação de gás carbônico pela respiração faz com que o peso da semente diminua. Fatores que interferem na respiração Substrato disponível: Carboidratos, aminoácidos e lipídios são os principais substratos, e qualquer alteração nestes compostos
interfere na respiração.

Temperatura: O aumento da temperatura ocasiona uma maior taxa respiratória, logo a diminuição da temperatura provoca uma diminuição da respiração.




Oxigênio: Na ausência do oxigênio a planta para de respirar aerobicamente e passa a fazer catabolismo anaerobicamente ou fermentação.

Gás carbônico: O aumento na concentração do gás carbônico pode diminuir a respiração.

Ponto de Compensação: Chamamos de ponto de compensação o momento em que as taxa de fotossíntese em uma planta é igual à taxa de respiração, ou seja, todo o oxigênio produzido é utilizado pela planta, e o mesmo ocorre com o gás carbônico. 

Fermentação: Fermentação é o processo pelo qual os alimentos são oxidados de forma anaeróbica, sendo a mais comum chamada de fermentação alcoólica e tem como produto final o álcool etílico (C2H5OH). Este
tipo de respiração ocorre na ausência do oxigênio, porém algumas bactérias e fungos podem fazê-la mesmo na presença deste gás, pois são incapazes de utilizá-los na respiração.


A fermentação alcoólica é realizada por leveduras, principalmente da espécie Saccharomyces cerevisiae, bactérias e algumas plantas superiores e pode ser representada pela seguinte equação:

C6H12O6 -> 2C2H5OH + 2 CO2 + ATP

A fermentação possui duas etapas principais: 

1 – Ocorre a quebra de uma molécula de glicose por um processo chamado glicólise. Ela é oxidada a ácido pirúvico.
2 – Formação de aldeído acético e gás carbônico a partir do ácido pirúvico. Mais tarde o aldeído acético se reduz a álcool etílico.
A fermentação alcoólica não substitui completamente a respiração na planta, pois o álcool formado, em grandes quantidades, pode ser tóxico para a célula.