S A I D E S S A! ”
INTRODUÇÃO:
A finalidade da peça é fazer a conscientização de jovens e seus familiares, para o que representa o mundo das drogas e da promiscuidade que se segue, que pode levar à AIDS.
No elenco, devem ser envolvidos pais, professores e alunos (ou jovens das comunidades), com o intuito de melhorar o entrosamento entre eles.
A peça foi escrita, com o “sopro” providencial de traficantes ex-dependentes e dependentes do uso das drogas, bem como de dois dependentes aidéticos, sendo a linguagem usada a mais próxima da coloquial deles.
A companhia que resolver encenar esta peça, deverá levar consigo, pessoal capacitado a debater o assunto drogas e AIDS, com a platéia, provocando-a com perguntas e exibindo material didático, bem como distribuindo a descrição das drogas e seus efeitos.
Ao final deste texto leia a Pesquisa sobre a “Motivação para o Uso das drogas”.
CENÁRIO: Idealizamos um cenário fixo, presente em todas as cenas, que consiste numa mesa 1,20x80m na posição centro-esquerda do palco, com duas cadeiras e uma mesa de 0,70x50m, onde foi colocado um telefone sem fio, situada à extrema-esquerda do palco; este lado serve de entrada e cenário da PATOTA (que se espalha também pelo palco inteiro), A CASA DO EMPRESÁRIO, A ESCOLA e a DELEGACIA.
A CASA DO GERENTE e o HOSPITAL, são encenados no lado direito do palco, vazio, para valo-rizar mais a interpretação e a fixação nas falas, sem objetos, que distraiam.
Mesa com telefone
Mesa CaCa
PERSONAGENS:
A PATOTA:
GRINFA: Traficante
JUAN: Ajudante do traficante e usuário de drogas
BRUNO, GUTA, GEREBA, RENATO e CAROL: Usuários de drogas
A CASA DO GERENTE:
BRUNO: Filho
RITA: Irmã do Bruno
RODOLFO: Gerente de uma rede de revendas de automóveis
ANA MARIA: Esposa do Rodolfo
A CASA DO EMPRESÁRIO:
PAULA: Esposa do Empresário
JOSÉ CARLOS: Empresário dono da rede de revendas de automóveis
CAROL: Filha do casal
A ESCOLA:
ITAMAR: Diretor da escola
PROFESSOR JORGE: Que é também pai do Renato
PROFESSORA LÚCIA: Que também é irmã de Paula
DELEGACIA:
DR. PEREIRA: Delegado
HOSPITAL:
DR. ANÍBAL: Médico
CENA 1 - A PATOTA (Numa boca de fumo)
(A patota conversa sobre rock e a festa que irá acontecer no sábado. Aos poucos vão se identifican-do (nomes) para o público. Todos compram, se despedem e vão embora.)
Grinfa para Juan: Vai abrir a porta que está chegando um pessoal aí. Vai, vai...
Bruno de mão dada com a Guta (namorada): E aí Juan, tudo em cima?
Juan: Tudo certo.
Gereba: Oi, turma. E aí Grinfa, na boa?
Grinfa: Como sempre, como os bagulhos que a rapaziada gosta! Tudo de prima!
Bruno: Vem vindo um casalzinho aí...
Renato e Carol entram cumprimentam todos, batendo nas mãos.
Juan: **** show aquele, hem véio? O batera destruiu...
Bruno Só mano!... Aquele solo. Cara, eu pirei...
Gereba:. Eu já tava muito lôco, aí eu endoidei de vez. Pulei tanto, que hoje minhas pernas tão doen-do e o meu tênis todo arregaçado.
Grinfa: A mulherada tava solta. Foi uma doidera! E sábado Guta, a festa vai rolá? Tenho uma para-da nova aí que vai fazer a cabeça de todo mundo...
Guta: Pode crê Grinfa. Os boys compram os bagulhos e as minas compram a bebida.
Bruno: Já tá tudo certo?
Juan: Não façam questão de muita galera... Costuma vir uns mané aí, que além de dá brecha mano, não seguram a bronca. Espalham tudo só para parecer que são os tais.
Grinfa: Deixa quieto mano. Eles que entrem numas de abrir a boca que eu dou um trato neles
Guta: São uns babacas mesmo...
Grinfa: Abaixa a bola aí, que eu vou preparar um barato pra gente curtir...
Renato (falando à parte para Carol): E aí, será que não dá prá me descolar uma grana? Tem dois dias que não chêro, tô precisando do pó! Lá em casa o bicho tá pegando. .O duro é que o mané do meu pai, sabe que tem coisa errada, mas pra fugir da verdade, ele bebe até ficar derrubado. E com você Carol, como tá ?
Carol: Lá em casa eles nem se ligam que eu existo, Renato. O coroa só trabalha e bebe e a minha mãe só na Embratel. Eles não têm nem noção de que estão vivos. Meu pai pôs na cabeça que tem que ser reconhecido e pra isto precisa comprar um título de empresário sei lá das quantas, meu... Minha mãe fala tanta besteira! No dia do meu aniversário cara, cê acredita que ela confundiu o Ielt-sin, presidente da Rússia, com a Miss Finlândia. Depois dessa cara, fui direto pro meu quarto, chu-tando tudo que vi na frente e cheirei até empapuçar. Cê já pensou se eu casar um dia? Meus filhos vão sentir vergonha da avó
Renato: Pôrra meu... no fim tudo fica legal!. Eles vão até pegá bem com ela. E também a gente pode falar que ela é pirada. (Ri nervoso)
Carol: Ela já veio pro mundo assim. Encheu tanto o saco do meu irmão, que ele saiu fora. Não quer nem saber deles. A gente se dava tão bem,... Sempre que eu precisei dele, ele tava pra me aju-dar.... Sinto demais a falta dele...
Grinfa: (entrando na conversa): E aí meus camaradas, vão querer ficar numa boa? Eu to na boa!
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