segunda-feira, 8 de abril de 2013

ATIVIDADE COM GABARITO - TEORIA ATOMICA


Teoria Atômico-Molecular - Exercícios
Questões:
01.     Um estudante, após a aula de Química, dirigiu-se à cantina do Luís para almoçar. Serviu-se de arroz e feijão na proporção de dois grãos de arroz para sete grãos de feijão. Pergunta-se:
Supondo que o estudante tenha colocado em seu prato 540 grãos, qual a quantidade de matéria do composto que há em seu prato? 
Dado : nº de Avogadro = 6 . 1023
a)      10-25   
b)      10-24   
c)       10-23 
d)      10-22   
e)      10-21
 R. 01. C

02. Um recipiente contém 4,8 . 1022 moléculas que formam uma mistura de dois gases, nitrogênio e gás carbônico. Supondo que 25% daquele número de moléculas sejam de nitrogênio, as massas dos dois gases contidos no recipiente serão respectivamente:
Dados : N = 14    C = 12    O = 16      

nº de Avogadro = 6. 1023
a)      0,56 g e 2,64 g                       
b)      0,56 g e 26,4 g      
              
c) 1,12 g e 13,2 g
d) 11,2 g e 1,32 g
e) n.d.a

 R. 02. A


03. Sabe-se que a prata de lei é uma liga metálica constituída por prata e cobre (92,5% e 7,5% respectivamente). Qual a massa de uma corrente de prata de lei que apresenta 5,0. 1022 átomos de prata?
Dados: Ag = 108u     N = 6 .1023
a)          6,5 g      
b)          7,32 g  
c)           8,01 g     
d)          9,73 g        
e)          10,61 g
R. 03. D
          
04. Determinar a fórmula molecular de um óxido de fósforo que apresenta 43,6% de fósforo, 56,4% de oxigênio (% em massa) e massa molecular 284.

Massas atômicas: p = 31, O = 16
R. 04. Fórmula molecular = P4O10
 
05. O efeito estufa é um fenômeno de graves consequências climáticas que se deve a altas concentrações de dióxido de carbono no ar. Considere que, num dado período, uma indústria “contribuiu” para o efeito estufa, lançando 88 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. O número de moléculas do gás lançado no ar, naquele período, foi aproximadamente: 

Dados: N° de Avogadro: 6 . 1023
M . MCO2 = 44g/mol

a) 1040
b) 1030
c) 1027
d) 1026
e) 1024
R. 05. B
 
06. Em temperaturas inferiores a 40°C, é obtida a fração gasosa da destilação do petróleo, muito rica em gás metano. Com base nos conhecimentos sobre essa substância e suas reações, pode-se afirmar que a combustão completa de 8,0g de metano produz:
Dados: Massas molares em g/mol: C = 12; H = 1; O = 16

a) 0,5 mol de H2O
b) 28,0g de CO
c) 2,0 mols de H2O
d) 44,0g de CO2
e) 1,0 mol de H2O

R. 06. E

07. O ar atmosférico seco, não poluído, apresenta aproximadamente 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de argônio em volume. Qual o valor da massa molar média desse ar?

Dados: N = 14u, O = 16u, Ar = 40u
a)      28,9 g/mol
b)      34 g/mol
c)       39,8 g/mol
d)      30 g/mol
e)      26 g/mol
R. 07. A

08. Ao ser posto em contato com água, o sódio reage energicamente segundo a equação:

Na(s) + H2O(l) → Na+(aq) + OH-(aq) + 1/2 H2(g)
O processo é violento, com desprendimento de gás hidrogênio. A reação ocorre na superfície, pois o sódio é menos denso que a água e flutua. Devido a sua grande reatividade com o oxigênio e com o vapor de água presentes no ar, o sódio metálico é conservado imerso em líquidos polares, tais como benzeno ou querosene.
Qual número de moléculas de hidrogênio desprendidas, quando a amostra de sódio metálico utilizada para realizarmos o experimento acima pesar 2,3g?

Dados: Massa molares em g/mol: H = 1, O = 16, Na = 23
 R. 08. Na + HOH    ®  NaOH + ½ H2
1 mol de Na  ¾  0,5 mol de H2
23g de Na     ¾  0,5 . 6,0 . 1023 moléculas de H2
 2,3g de Na  ¾  x
x = 3,0 . 1022 moléculas de H2

09. 
A maior quantidade de iodo é obtida, industrialmente, pela reação de um iodeto alcalino com cloro (Cl2). Partindo-se de 16,6kg de iodeto de potássio com excesso de cloro, quanto de iodo será obtido?
Dados: K = 39u; Cl = 35,5u; I = 127u
a)      12,7kg
b)      16,6kg
c)       18,3kg
d)      25,4kg
e)      50,8kg
R. 09. A



TEORIA ATÔMICA


A TEORIA ATOMÍSTICA
Demócrito (c. 460 – 370 a. C.) era natural da cidade portuária de Abdera, na costa norte do mar Egeu.
Considerado o último grande filósofo da natureza, Demócrito concordava com seus antecessores num ponto: as transformações que se podiam observar na natureza não significavam que algo realmente se transformava. Ele presumiu, então, que todas as coisas eram constituídas por uma infinidade de partículas minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna e imutável. A estas unidades mínimas Demócrito deu o nome de átomos.
A palavra átomo significa indivisível. Para Demócrito era muito importante estabelecer que as unidades constituintes de todas as coisas não podiam ser divididas em unidades ainda menores. Isto porque se os átomos também fossem passíveis de desintegração e pudessem ser divididos em unidades ainda menores, a natureza acabaria por se diluir totalmente.
Além disso, as partículas constituintes da natureza tinham que ser eternas, pois nada pode surgir do nada. Neste ponto, Demócrito concordava com Parmênides e com os eleatas. Para ele, os átomos eram unidades firmes e sólidas. Só não podiam ser iguais, pois se todos os átomos fossem iguais não haveria explicação para o fato de eles se combinarem para formar por exemplo rochas ou mesmo seres.
Demócrito achava que existia na natureza uma infinidade de átomos diferentes: alguns arredondados e lisos, outros irregulares e retorcidos. E precisamente porque suas formas eram tão irregulares é que eles podiam ser combinados para dar origem a corpos os mais diversos. Independentemente, porém, do número de átomos e de sua diversidade, todos eles seriam eternos, imutáveis e indivisíveis.
Se um corpo – por exemplo, de uma árvore ou de um animal – morre e se decompõe, seus átomos se espalham e podem ser reaproveitados para dar origem a outros corpos. Pois se é verdade que os átomos se movimentam no espaço, também é verdade que eles possuem diferentes engates e podem ser novamente reaproveitados na composição de outras coisas que vemos ao nosso redor.
É claro que também podemos construir objetos de barro. Mas o barro nem sempre pode ser reaproveitado, pois se desfaz em partes cada vez menores, até se reduzir a pó. E estas minúsculas partículas de argila podem ser reunidas para formar novos objetos.
Hoje em dia podemos dizer que a teoria atômica de Demócrito estava quase perfeita. De fato, a natureza é composta de diferentes átomos, que se ligam a outros para depois se separarem novamente. Um átomo de hidrogênio presente numa molécula de água pode ter pertencido um dia à uma molécula de metano. Um átomo de carbono que está hoje no músculo de um coração provavelmente esteve um dia na cauda de um dinossauro.
Hoje em dia, porém, a ciência descobriu que os átomos podem ser divididos em partículas ainda menores, as partículas elementares. São elas os prótons, nêutrons e elétrons. E estas partículas também podem ser divididas em outras, menores ainda. Mas os físicos são unânimes em achar que em alguma parte deve haver um limite para esta divisão. Deve haver as chamadas partículas mínimas, a partir das quais toda a natureza se constrói.
Demócrito não teve acesso aos aparelhos eletrônicos de nossa época. Na verdade, sua única ferramenta foi a sua razão. Mas a razão não lhe deixou escolha. Se aceitamos que nada pode se transformar, que nada surge do nada e que nada desaparece, então a natureza simplesmente tem de ser composta por partículas minúsculas, que se combinam e depois se separam.
Demócrito não acreditava numa força ou numa inteligência que pudessem intervir nos processos naturais. As únicas coisas que existem são os átomos e o vácuo, dizia ele. E como ele só acreditava no material, nós o chamamos de materialista.
Por detrás do movimento dos átomos, portanto, não havia determinada intenção. Mas isto não significa que tudo o que acontece é um acaso, pois tudo é regido pelas inalteráveis leis da natureza. Demócrito acreditava que tudo o que acontece tem uma causa natural; uma causa que é inerente à própria coisa. Conta-se que ele teria dito que preferiria descobrir uma lei natural a se tornar rei da Pérsia.
Para Demócrito, a teoria atômica explicava também nossas percepções sensoriais. Quando percebemos alguma coisa, isto se deve ao movimento dos átomos no espaço. Quando vejo a Lua, isto acontece porque os átomos da Lua tocam os meus olhos.
Mas o que acontece com a consciência? Está aí uma coisa que não pode ser composta de átomos, quer dizer, de coisas materiais, certo? Errado. Demócrito acreditava que a alma era composta por alguns átomos particularmente arredondados e lisos, os átomos da alma. Quando uma pessoa morre, os átomos de sua alma espalham-se para todas as direções e podem se agregar a outra alma, no mesmo momento em que esta é formada.
Isto significa que o homem não possui uma alma imortal. E este é um pensamento compartilhado por muitas pessoas em nossos dias. Como Demócrito, elas acreditam que a alma está intimamente relacionada ao cérebro e que não podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro deixa de funcionar e degenera.
Com sua teoria atômica, Demócrito coloca um ponto final, pelo menos temporariamente, na filosofia natural grega. Ele concorda com Heráclito em que tudo flui na natureza, pois as formas vão e vêm. Por detrás de tudo o que flui, porém, há algo de eterno e de imutável, que não flui. A isto ele dá o nome de átomo.