sexta-feira, 31 de maio de 2013

Quando a vela se apaga - Autor : Letícia Alves

PEÇA; QUANDO A VELA SE APAGA ELENCO: 1. Pessoas de preto: I - II - III - 2.. Ana - 3. Mãe da Ana - 4. Renata - 5. Bruno- 6. Pai da Ana- 7. Grupo de Musica: 8. 1. 9. 2. 10. 3. 11. 4. 12. 5. 13. 6. 14. Sandra - 15. Fernanda - 16. Joca - 17. Paulo - 18. Junior - 19. Pedro - 20. Téo - 21. Gui - A peça começa com 3 cadeiras vazias... ouve-se o barulho de um sino entra devagar uma pessoa de preto, cabeça baixa com uma vela na mão, senta-se e apaga a vela. Pessoa 1: já nasci, cresci e fui jovem Ouve-se novamente um sino e entra outra pessoa vestida de preto, faz o mesmo caminho e senta-se na outra ponta da cadeira Pessoa 2: Tive liberdade, fiz minhas escolhas, cometi erros, fui jovem. Ouve novamente sinos e entra a ultima pessoa, porém esta não apaga a vela. Pessoa 3: não pensei em consequências, esse foi o meu erro e paguei por isso com a minha vida. Apaga-se a ultima vela... ouve-se barulho de relógio... entra uma jovem e deita na cama, liga o radio no criado mudo e começa a pula, ouve-se então uma voz. Mãe: Filha abaixa esse rádio. A filha continua pulando Mãe: Ana abaixa esse rádio!!! (fala gritada). Abaixe logo senão eu vou ter que subir ai e vai ser pior!!! A filha desliga o rádio. Ana: Pronto tah feliz agora? Droga nessa casa eu não posso nada, qualquer dia desses vou embora e ela vai ver só. Toca o telefone. Ela Corre para atender. A pessoa que liga aparece embaixo do palco no celular. Ana: Alô, quem fala? Renata: Sou eu, a Renata. Ana: Oi Re, td bem? Renata: Tudo e você? Ana: Eu toh aqui em casa para variar...quase em uma prisão.Acredita que minha mãe gritou comigo só porque ouvi música alta. Renata: Puxa, não liga não, as mães de hoje em dia não entendem de nada, parece que nunca foram jovem. Ana: É mesmo, como é dificil ser eu, mas tudo bem o que manda Rê. Renata: Menina vai ter uma baladinha lá no centro, vamos? Ana: Quem vai? Renata: A turma toda...ah o Bruno também vai e disse que vai levar uns amigos. Ana: O Bruno vai??? Renata: Vai sim e você vai perder esta chance? Ana: Puxa Rê eu quero ir, mas sabe a minha mãe né, ela é muito quadrada, não deixa eu sair a noite. Renata: E quem disse que ela precisa saber, poh Ana, acorda, você não é mais criança, sai escondida no meio da noite. Ana: Não sei, tenho medo. Renata: Ok ,senão quer ir eu chamo a Fe, você sabe né... ela também é afim do Bruno. Ana: Não, esquece eu vou...vou sim....te encontro lá. Ouve-se de novo a voz da mãe de Ana Mãe: Filha, filha vem cá... Ana: Ishi tenho que desligar que a bruxa tah me chamando Renata: Vai lá então, até mais. Ana: Até. Ela desliga o telefone e a mãe entra no quarto. Mãe: Quem era no telefone? Ana: Era a Renata da escola Mãe: Filha Já te disse que não gosto que ande com esta garota. Ana: Vai começar denovo mãe...poh deixa eu respirar, não posso nada, nem escolher os meus amigos. Mãe: Falo isso porque me preocupo com você e quero seu bem Ana: sei você não confia em mim ...isso sim. Mãe: Eu confio em você, só não confio nas suas amizades, mas tudo bem vamos parar de sermoes...vim te chamar para ir ao mercado. Ana: Denovo, nossa pareço até uma empregada, credo. Mãe: Pare de reclamar e vamos logo. As duas saem, sendo que a filha vai emburrada. Pessoa 2: Essa filha era eu...ai se eu tivesse escutado a minha mãe...mas não... achava que ser jovem justificava os meus erros. Entra de novo a filha, com uma roupa para ir a festa embaixo de um roupão, corre deita na cama. Entra o pai. Pai: Oi filhota já vai dormir? Não quer ficar um pouco mais com sua familia na sala? Ana: Não pai estou com sono. Pai: Então descansa minha filha e até amanhã. Ana: Até. O pai sai, ela levanta tira o roupão coloca travesseiros debaixo do lençol Ana: Pronto agora e só sair pelos fundos e ninguem vai saber... Sai de cena. Pessoa 2: O perigo me atraia então não perderia a festa por nada ainda mais sabendo que o Bruno ia esta lá. Pessoa 3: Eu também fui, estava meio sem jeito, mas queria logo pertencer a turma...mesmo que tivesse que esquecer das consequências. Entram 6 jovens ao som de música eletronica, fingindo dançar...pára a musica e começa o dialogo. Renata: Eu sabia, a Ana não vinha, é uma medrosa Fernanda: Melhor para mim que fico com o bruno Sandra: Nossa... Fernanda você é rápida hein... Fernanda: filha a vida é curta e eu quero é me divertir Renata: è isso aí Fernanda, e por falar em se divertir... deixa eu apresentar para vocês o Joca ele tem uma parada bem legal Joca: Oi Gatinhas...tão afim de curtir bem a noite Sandra e Fernanda: Claro Joca: Trouxe uns ecstases dá melhor qualidade, provem ai? Sandra: O que? Desculpa, mas não gosto dessas coisas. Renata: Ai Sandra, como você é careta, não queria se enturmar? Poh a galera toda prova de vez em quando. Sandra: Ah não sei não... me disseram que é perigoso Fernanda: Se é perigoso, pode deixar que eu tomo, não quero ficar de fora da turma. Joca: Não esquenta não gatinha isso é história de velho, prova, eu cuido de você, depois senão quiser mais tudo bem. Renata: Vai Sandra, é só provar... vc vai ver irá ficar ótima Sandra: Tudo bem então, me dê um. Volta a música e ela começa a dançar …saindo do palco. Renata: isso... vão lá se divertir enquanto isso eu a Fe vamos ver se o Bruno chegou. Chega então a Ana Ana: Oi Rê Renata: Eu sabia que você vinha Fernanda: que droga você tinha que vim. Ana: Claro, você acha que eu ia deixar você ficar com o Bruno. Fernanda: O bruno vai ficar com quem ele quiser Renata: Calma meninas... olha quem tah chegando. Entram 3 rapazes Bruno: Fala Meninas... tudo bem com vocês Fernanda: Sim e você Bruno Bruno: Eu estou ótimo e você Ana? Ana: Eu estou bem? Fernanda: Vamos ficar? Bruno: se liga Fernanda você já ficou com a escola toda. Fernanda: melhor pra você tenho experiência. Bruno: fica com o Paulo ele adora experiência. Paulo: Vem gatinha: Trouxe uma garrafa para nós. Ele dá um copo para ela e saem Renata: E quem são seus dois amigos? Junior: Olá eu sou o Junior Pedro: Me chamo Pedro Bruno: porque você não vai dar uma volta com eles. Renata: Ah entendi a mensagem. Aproveitem Bruno: Pode deixar. Ana: Acho melhor eu ir com ela. Bruno: não se preocupa eu cuido de você, vamos sentar um pouco Ana: Claro. Bruno: bebe um pouco disso, assim fica mais a vontade Pessoa 2: Bebida vai, bebida vem, e eu achando a noite um verdadeiro conto de fadas com direito a principe...enquanto para ele... eu era mais uma. Bruno: princesa tenho um lugar para te mostrar, vamos? Ana: Sim, mas tenho que ir para casa antes que amanheça. Bruno: Pode deixar que te levo. Saem os dois. Pessoa 3:Enquanto ela vivia um conto de fadas eu me afogava em um caminho escuro. Joca entra com mais 2 pessoas. Joca: Fala manos, como anda o ponto de vocês? Gui: Tah rendendo Teo: O meu anda meio parado...Olha quem vem vindo uma gatinha. Joca: Gatinha que nada, é outra viciada e olha que ela começou com um ecstase, hoje fuma e cheirade tudo. Entra Sandra Sandra: Oi joca Joca: O que vai querer dessa vez? Sandra: Vamos conversar primeiro Joca: que conversar...fala logo o que quer, porque não tenho tempo para perder com você, se quiser conversar fala depois com os meus brothers. Sandra: Desculpa, eu vou querer um quilo de maconha. Gui: E conversar não vai querer? Teo: Eu tenho tempo. Sandra: não hoje vou querer só a maconha., Ela tira da bolsa muito dinheiro, os outros dois vêem. Sandra: Vou nessa, tava precisando de altas doses disso. Eles esperam ela sair. Gui: Você viu a grana dela? Teo: Vi sim, vamos lá pegar? Gui: è pra já. Joca: Eu só não vou com vocês porque não quero perder a cliente, mas vão e tragam o que eu vendi assim comemoramos. Gui: Pode deixar. Os dois saem e o joca também. Pessoa 3: Eles me encontraram consumindo a droga embaixo de uma árvore, me bateram e levaram tudo que eu tinha... fiquei no chão morrendo de overdose. Volta o som de relógio. A Ana entra em cena e liga o telefone. Ana: Oi Renata? Tudo bem? Você pode vim em casa, tenho que te falar algo importante, certo até amiga e bom contar com você, viu. Ela desliga o telefone e a mãe entra. Mãe: Oi filha estou preocupada com você não quer me contar algo. Ana: Ai mãe dá um tempo, sai do meu quarto, droga... nem posso respirar A mãe sai chorando Mãe: Desculpe filha eu não queria te magoar. Pessoa 2: Em toda a história quem mais sofreu foi minha mãe, que via aos poucos eu me transformar, já respondia, não escutava o que ela dizia e a todo tempo, ela se perguntava aonde havia errado. Mas eu é que havia errado ...e muito. Entra a Renata Renata: Fala amiga Ana: que bom que você veio. Renata: Diga o que aconteceu? Ana: Estou grávida Renata: Como assim? Ana: Eu e o Bruno não usamos camisinha, não sei nem como vou falar para ele, não quero nem imaginar quando meus pais descobrirem. Renata: E daí? O que eu tenho haver com isso, se virá garota, nem conte comigo. Ana: Como assim? Pensei que fosse minha amiga. Renata: Desculpa mas não tenho culpa dos seus erros. Ela fala e sai de cena, enquanto Ana deita chorando.Depois fica abraçada com o travesseiro. Nisso entra Bruno. Bruno: Porque tah chorando princesa? Ana:que bom você tah aqui. Como conseguiu entrar? Bruno: Vi que seus pais tinham saido e aproveitei. Ana: tenho que te contar uma coisa, mas sei que você irá me apoiar pois nos amamos. Bruno: Claro, Ana eu te amo, diga o que é? Ana: Estou grávida Bruno: Como assim grávida? Ana: Estou esperando um filho seu.Vamos ter um bebê. Bruno: Você vai ter, porque eu não quero filho...ainda mais nem sei se é meu. Ana: Claro que é seu! De quem mais seria, você esta me ofendendo Bruno: Olha não posso ter certeza de nada, o que posso fazer é te dar um endereço para você abortar (ele dá um cartão, ela olha para o cartão e volta olhar para ele) Ana: Mas e nós. Bruno: Não existe nós, se virá, toh fora. Ele sai e ela senta um pouco, toca uma música triste, de repente ela levanta pega a bolsa e sai. Pessoa 2: Naquele mesmo dia fui no quartinho onde faziam- se abortos e de lá não sai, acabei morrendo por hemorragia, enquanto ao Bruno acabou em uma de suas aventuras pegando aids, pois nunca se prevenia e hoje se arrepende amargamente. Pessoa 1: Enquanto eu...ou melhor a Renata... também não tive um final feliz. Entram Junior e Paulo fingindo que estão conversando Renata: Oi meninos Junior: Fala Renata Paulo: Fiquei sabendo que se uniu no tráfico de drogas com aquele seu amigo Joca Junior: eu também fiquei sabendo. Renata: è meninos dá para faturar uma boa grana Junior: sério? Renata: sim, eu me envolvo com a turma e aos poucos vendo minha parada Paulo: è bom saber, porque tomamos a boca do Joca. Junior: É... e agora vamos tirar o seu ponto. Paulo e junio atiram Renata: Não....naaooo... Cai aos poucos no chão...as três pessoas de Preto saem e ficam em pé ao lado do corpo. Entram pessoas segurando velas e ficam a redor delas, ao som da música “Lágrima_ao cubo”.

CADEIA DAS DROGAS - evangelizando com arte

CADEIA DAS DROGAS Certo rapaz que gostava de freqüentar ambientes pesados, turmas rebeldes onde eram usados bebidas, violências e principalmente drogas. Um dia Hugo estava em casa sentindo-se triste, abatido e não sabia o porquê. Chegaram então uns amigos, virão a sua situação e comentaram: Amigos: -- Qual é meu? Sai desse bode compade! Toma aí uma parada pra tu ficar ligado! Aí sabe qual é, tem uma parada da boa mais tarde lá no baile. Aparece lá! Hugo: -- Valeu mano, mais tarde eu tô lá! Chegando a noite, Hugo se arrumou e foi para onde a rapaziada se encontrava. Hugo ainda estava muito abatido, sentindo-se triste, com medo, mais não sabia o porquê. Como já havia costume, resolveu usar a droga que o amigo tinha lhe dado. Começou então a tocar as músicas, as luzes se acenderam e todos começaram a dançar. No efeito da droga Hugo começou a dançar, pular e consumir mais e mais aquela droga. De repente tudo começou a ficar diferente, o som parecia falhar, as luzes pareciam apagar-se e acender-se utuamente, as pessoas olhavam para ele e começavam a rir. Hugo então começou a sentir calafrios, suava muito e tremendo o tempo todo. As pessoas começavam a sumir no meio da fumaça. Hugo foi ficando desesperado gritando. Derrepente tudo parou. Ele começou a chamar os nomes, os amigos, ele gritava, gritava e ninguém respondia, com muito medo ele começou a ver vultos em sua frente, ele gritava: Hugo: -- O que está acontecendo?! O que é isso? Sai daqui! Sai da minha frente! O que é isso? Sai daqui! (ENTRAM AS MORTES) Quem são vocês?! O que vocês querem? SOCORRO! Sai daqui! Sai de perto de mim! Socorro, alguém me ajuda! Tira isso daqui! Não! Não! NÃAAOO!!!!! Tira isso de mim! Pra quê isso? Socorro, socorro! Hugo ajoelha-se e grita em grande voz: SOCOROO!!! (MEU DEUS, ME AJUDAAA!!) Então Hugo desmaia. Eis que aparecem uns Anjos a Hugo e o chama: (ENTRAM OS ANJOS) – Hugo, Hugo, Hugo! Hugo abre os olhos, levanta-se e pergunta aos Anjos: Hugo: -- Quem são vocês? Anjos: -- Nós somos Anjos de Deus. Hugo: -- Anjos?! Anjos: -- Querubins, Serafins, Arcanjos, Gabriel. Hugo: -- O que está acontecendo? O que aconteceu? Anjos: -- Você não lembra de nada? Hugo: “Confuso” -- Eu me lembro que estava em casa, chegaram uns amigos, eu não me lembro direito, eles me chamavam pra sair, era estranho, tinha umas coisas me perseguindo, eu estava com muito medo, gritando, gritando e ninguém me ouvia. “ Desespero” -- Eu morri? Foi isso, eu morri? E a minha família, meus amigos e agora, o que eu faço? Anjos: “Gabriel” – Não, você não morreu. E no último suspiro da sua vida, em que você gritou em alta voz: MEU DEUS ME AJUDA! Eis que Deus ouviu o seu clamor e estendendo suas mãos nos enviou para lutar contra os espíritos do mal e te libertar da Cadeia das Drogas!.!. FIM

E AÍ, SEU GÊNIO? - PAULO SACALDASSY - poucas palavras - teatro, dramaturgia e cultura

E AÍ, SEU GÊNIO? junho 12, 2012 Em cena, um homem de meia idade, sentado no proscênio, tem uma corda amarrada no pescoço. HOMEM – Não adianta! Não adianta!… Coragem, homem! Pula logo e acaba com essa vida miserável! Coragem! O HOMEM SE LEVANTA, ANDA PELA CENA ATRÁS DE ALGO PARA AMAR-RAR A CORDA E TROPEÇA EM UMA GARRAFA. HOMEM – Droga! É tanto lixo nesta droga de cidade que nem pra se matar um homem pode! O HOMEM PEGA A GARRAFA. HOMEM – Olha só isso: uma garrafa! O HOMEM SACODE A GARRAFA. HOMEM – Droga! Tá vazia! Bem que podia tá cheia! Assim eu aproveitava e tomava mais um pouco de coragem! O HOMEM JOGA A GARRAFA, UMA NUVEM DE FUMAÇA ENCHE A CENA. HOMEM – Que isso? DA FUMAÇA, SURGE UM HOMEM VESTIDO DE GÊNIO. GÊNIO – Obrigado por me libertar da garrafa, agora, o amigo tem direito a fazer três pedidos. HOMEM – O quê?: GÊNIO – Três pedidos! Qualé, tu nunca ouvi falar nas histórias de gênios? HOMEM – Isso é uma alucinação! Deve ser efeito de tanto remédio e tanta bebida que misturei arrumando coragem pra me matar! GÊNIO – E aí, mané? Vai ficar aí parado ou vai fazer logo os seus pedidos? HOMEM – Quer dizer que você é um gênio? GÊNIO – Um legítimo representante da classe dos gênios das lâmpadas mara-vilhosas! Taqui o meu cartão! O HOMEM PEGA O CARTÃO QUE O GÊNIO LHE ENTREGA. HOMEM – (LENDO O CARTÃO) Adamastor, o gênio! Trago o seu amor em três horas, tiro olho gordo, faço banho de descarrego, faço amarração, simpatia pra tudo de ruim na sua vida! Faça agora mesmo o seu pedido! Aliás, três pedidos! GÊNIO – É isso! Serviço garantido! Pode pedir! O HOMEM TIRA A CORDA DO PESCOÇO E A JOGA NO CHÃO. HOMEM – Então tá certo! Quer dizer que posso pedir o que quiser? GÊNIO – Pode! HOMEM – Então, vamos lá! GÊNIO – Mas pense bem, pois pedido feito é pedido atendido! HOMEM – É qualquer coisa mesmo? GÊNIO – Qualquer coisa! Aliás, três coisas! Tu tem direito a três desejos! O HOMEM ANDA PELA CENA, PENSATIVO. GÊNIO – Como que é? Eu não tenho o dia todo! HOMEM – Calma aí! São só três pedidos, não posso errar! O HOMEM CONTINUA ANDANDO. O GÊNIO PEGA A CORDA E COLOCA NO SEU PESCOÇO. HOMEM – Seu gênio, posso pedir qualquer coisa? GÊNIO – Já não falei que pode? HOMEM – Então vou fazer o primeiro pedido. GÊNIO – Manda! HOMEM – Eu quero que você me dê coragem! GÊNIO – É pra já! O GÊNIO BATE PALMAS E DÁ UM ASSOPRO EM DIREÇÃO AO HOMEM. GÊNIO – Pronto! Agora tu é o cabra mais macho desta terra! HOMEM – Já to me sentido bem corajoso! GÊNIO – Então, agora manda outro! O HOMEM ANDA DE NOVO PELA CENA. HOMEM – Um outro pedido… um outro pedido… Já sei! GÊNIO – Vê se capricha, hein? HOMEM – Eu quero ter muita força! GÊNIO – É pra já! O GÊNIO BATE PALMAS E DÁ UM ASSOPRO EM DIREÇÃO AO HOMEM. GÊNIO – Agora você é o homem mais forte do mundo! O HOMEM FAZ POSE DE FORTÃO. MOSTRA OS BÍCIPS. HOMEM – É, já estou me sentido bem mais forte! GÊNIO – Agora vê se capricha, porque é teu último pedido. HOMEM – Deixa eu pensar! O HOMEM ANDA PELA CENA. GÊNIO – E aí, como é que é? Qual o seu terceiro pedido? O HOMEM SE COLOCA NA FRENTE NO GÊNIO, LHE ARRANCA A CORDA DO PESCOÇO E LHE ACERTA UM SOCO. O GÊNIO DESABA, DESA-CORDADO. O HOMEM PEGA A CORDA, A COLOCA EM SEU PESCOÇO E SE COLOCA EM PÉ NO PROSCÊNIO. HOMEM – Eu não consigo nem concretizar um desejo, aí vem um maluco dizendo que é um gênio e me diz que vai me realizar três pedidos? Será que nem me matar em paz eu posso? O GÊNIO SE LEVANTA. GÊNIO – Teu desejo é uma ordem! O GÊNIO BATE PALMAS E DÁ UM ASSOPRO EM DIREÇÃO DO HOMEM. A MÃO DO HOMEM GRUDA NA CORDA E ELE VAI APERTANDO A CORDA, MAIS, MAIS E MAIS. HOMEM – (Quase sem ar) Socorro!!.. E aí, seu gênio, não vai me ajudar? GÊNIO – Não posso fazer mais nada, o Mané aí já fez os três pedidos! HOMEM – (Já de joelhos) Socorro!… Eu vou morrer!! Me ajuda!! GÊNIO – Pediu, o Gênio realizou! O HOMEM FAZ MÍMICAS PEDINDO QUE O GÊNIO LHE AJUDE, VAI TENTANDO SOLTAR A CORDA DO PESCOÇO. GÊNIO – Agora preciso ir. Bye, bye… Manézão! O GÊNIO BATE PALMAS, UMA NUVEM DE FUMAÇA ENCHE A CENA. O HOMEM CAI ESTIRADO NO CHÃO. BLACK-OUT. FIM

Campanha contra o crack ganha destaque em peça teatral em Chapecó

Campanha contra o crack ganha destaque em peça teatral em Chapecó

Roteiro criado por policial é apresentado em colégio no Oeste

A campanha contra o Crack, Nem Pensar ganhou o apoio do Grupo de Teatro de Pinhalzinho, que montou a peça Labirintu's, apresentada nesta terça-feira no Colégio Exponencial em Chapecó.

O roteiro foi criado pelo Policial Militar Marcelo Wudervald, que nas horas de folga é professor de teatro no Departamento de Cultura em Pinhalzinho:

— Quem entra na droga entra num labirinto e muitos não saem dele — comparou.

Devido aos seus 12 anos de atuação na repressão ao crime, ele já vinha escrevendo roteiros com a temática sobre as drogas.

— Percebi que podia fazer algo além do meu trabalho —explicou.

Quando surgiu a campanha da RBS contra o crack, ele propôs aos seus alunos fazer um trabalho sobre o tema.

— Caiu como uma luva — disse o policial.

No trabalho, ele aborda a situação de adolescentes que são influenciados pelos amigos, começam a usar drogas e depois partem para o crime para sustentar o vício.

— É legal, pois chama a atenção para as conseqüências da droga — afirmou a estudante Ana Carolina Minello, do segundo ano do ensino médio.

Para o chefe de planejamento do 2º Batalhão de Polícia Militar, major Valdez Rodrigues Venâncio, a campanha contra o crack ajuda na conscientização e no trabalho preventivo. O diretor do Colégio Exponencial, Élio Maldaner, parabenizou a iniciativa do Grupo RBS por abordar um tema tão importante.

O Grupo de Teatro de Pinhalzinho já fez oito apresentações em seis municípios. Interessados podem ligar para o telefone (49) 3366-1739.
DIÁRIO CATARINENSE

O JOVEM E AS DROGAS (Texto de Teatro) De: Marcondys França

POSSO NÃO SER MELHOR NO QUE FAÇO, MAS DOU O MELHOR DE MIM NO QUE ME PROPONHO A FAZER! quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011 O JOVEM E AS DROGAS (Texto de Teatro) O JOVEM E AS DROGAS De: Marcondys França PERSONAGENS: Pai Filho Amigo CENA I PAI: - Filho acorda... É hora de se aprontar para escola. FILHO: - Tá bom pai. PAI: - Não vai se atrasar... FILHO: - Tô indo pai... PAI: - O café tá pronto. FILHO: - Vou nessa... PAI: - Te dou uma carona. FILHO: - Não pai. Pega mau. PAI: - Não sei por que. FILHO: - Vão pensar que sou o filhinho do papai. PAI: - Que mal há nisso? FILHO: - Todos. Tô indo. PAI: - Vai com Deus filho. (Filho sai) CENA II AMIGO: - Ai mano! Belê?! FILHO: - Belê! AMIGO: - Todo mundo me conhece como Rato. FILHO: - Rato? AMIGO: - É. Ligeiro e indesejado, mas amigo dos amigos. É teu primeiro dia na escola... FILHO: - É. AMIGO: - Vem de onde? FILHO: - Makenze AMIGO: - Ê! Boyzinho! Só nos pano... (Passa um pacote) FILHO: - Que isso? AMIGO: - Um cigarrinho. FILHO: - Sai fora! Tô de boa. AMIGO: - Vai vacilar? FILHO: - Curto não... AMIGO: - Pega ai... Presente. Cortesia! Experimenta... FILHO: - Sei não truta... AMIGO: - Vai dá o maior barato. FILHO: - Bacana. Depois eu... AMIGO: - Pra que deixá pra depois se pode fazê isso agora. Vai... Te dou cobertura. FILHO: - Valeu... Mais não tenho grana não. Tô durão! (Experimenta) AMIGO: - Esse é por minha conta. É pra batizar! (Saem) CENA III PAI: - Não se sentiu bem durante a madrugada filho? FILHO: - Indisposição. PAI: - O café ta pronto. FILHO: - Tô sem fome. PAI: - Não vai sair sem comer... FILHO: - Tô enjoado. PAI: - Quer que eu te leve ao pronto socorro. FILHO: - Não. É só uma indisposição. Logo passa! Tô indo... PAI: - Que que te deixe... FILHO: - Pai! PAI: - Tá bom. Se não melhorar, me liga. (Filho sai deixando cair uma bituca) Estranho. CENA IV FILHO: - AMIGO: - E ai mano... Cadê a grana? FILHO: - Que grana? AMIGO: - Tem um bagulho... Dos bons! FILHO: - Quanto custa a parada? AMIGO: - Dezinho! Só dez pernas! FILHO: - Num dá pra liberar uma cortesia? AMIGO: - Ai me complica. Sabe como é... Tenho que prestar conta da parada. FILHO: - Falô. Dez? Aqui. AMIGO: - Tá na mão. Se quiser te arrumo mais... FILHO: - Tô de boa. AMIGO: - Falô! FILHO: - Falô. (Saem) CENA V PAI: - Senta ai filho. FILHO: - Que? PAI: - Vamos ter uma conversa. FILHO: - Conversa? PAI: - É. FILHO: - Tem que ser agora? PAI: - Positivo. FILHO: - É que... PAI: - E esse olho vermelho? FILHO: - É... Irritação. PAI: - De que? FILHO: - Poluição... PAI: - Por que anda tão agitado? FILHO: - Ansiedade. PAI: - Cadê seu mp7? FILHO: - Emprestei pra um amigo. PAI: - E o aparelho de DVD do teu quarto? FILHO: - Quebrou e eu mandei consertar. PAI: - Cadê a nota de serviço? FILHO: - Tá por ai. Pai... Quando eu voltar eu procuro e te mostro. PAI: - Está bem. FILHO: - Posso ir agora? PAI: - Claro. (Filho sai) Dessa vez eu sigo ele. CENA VI AMIGO: - Ai truta... Tô precisando de um favo... Tem a moral? FILHO: - Que favor? AMIGO: - Tem uma entrega grande e não dá pra fazê sozinho... FILHO: - Ih, cara... É sujeira... AMIGO: - Tá de onda... Num leva fé sangue bom? FILHO: - Meu velho... AMIGO: - Se quiser posso dá um corretivo no coroa. FILHO: - Não... AMIGO: - Tu é ou num é responsá? FILHO: - Sou... Mais... AMIGO: - Num tem cão. Tá aqui... O endereço ta ai junto. FILHO: - Sei não. AMIGO: - Vai dar uma de vacilão agora? PAI: - Filho... AMIGO: - (Se assusta e atira) Merda! FILHO: - Que você fez cara? Pai! Pai... Não... Meus Deus! Não... Pai... AMIGO: - Sujou! A casa caiu... (Foge) PAI: - Meu filho... FILHO: - Agüenta... Vou chamar uma ambu... (O pai não resiste) Pai.. Meu Deus! Que foi que eu fiz? Pai! Pai... Fala comigo, pai... F I M Postado por MARCONDYS FRANÇA (Ator) às 19:35 Marcadores: drogas, jovem, peça, peça de teatro, texto

S A I D E S S A! http://recantodasletras.uol.com.br/e-liv…

 S A I    D E S S A! ”

INTRODUÇÃO:

A finalidade da peça é fazer a conscientização de jovens e seus familiares, para o que representa o mundo das drogas e da promiscuidade que se segue, que pode levar à AIDS.
No elenco, devem ser envolvidos pais, professores e alunos (ou jovens das comunidades), com o intuito de melhorar o entrosamento entre eles.
A peça foi escrita, com o “sopro” providencial de traficantes ex-dependentes e dependentes do uso das drogas, bem como de dois dependentes aidéticos, sendo a linguagem usada a mais próxima da coloquial deles.
A companhia que resolver encenar esta peça, deverá levar consigo, pessoal capacitado a debater o assunto drogas e AIDS, com a platéia, provocando-a com perguntas e exibindo material didático, bem como distribuindo a descrição das drogas e seus efeitos.
Ao final deste texto leia a Pesquisa sobre a “Motivação para o Uso das drogas”.
CENÁRIO: Idealizamos um cenário fixo, presente em todas as cenas, que consiste numa mesa 1,20x80m na posição centro-esquerda do palco, com duas cadeiras e uma mesa de 0,70x50m, onde foi colocado um telefone sem fio, situada à extrema-esquerda do palco; este lado serve de entrada e cenário da PATOTA (que se espalha também pelo palco inteiro), A CASA DO EMPRESÁRIO, A ESCOLA e a DELEGACIA.
A CASA DO GERENTE e o HOSPITAL, são encenados no lado direito do palco, vazio, para valo-rizar mais a interpretação e a fixação nas falas, sem objetos, que distraiam.
Mesa com telefone
Mesa CaCa
PERSONAGENS:
A PATOTA:
GRINFA: Traficante
JUAN: Ajudante do traficante e usuário de drogas
BRUNO, GUTA, GEREBA, RENATO e CAROL: Usuários de drogas
A CASA DO GERENTE:
BRUNO: Filho
RITA: Irmã do Bruno
RODOLFO: Gerente de uma rede de revendas de automóveis
ANA MARIA: Esposa do Rodolfo
A CASA DO EMPRESÁRIO:
PAULA: Esposa do Empresário
JOSÉ CARLOS: Empresário dono da rede de revendas de automóveis
CAROL: Filha do casal
A ESCOLA:
ITAMAR: Diretor da escola
PROFESSOR JORGE: Que é também pai do Renato
PROFESSORA LÚCIA: Que também é irmã de Paula
DELEGACIA:
DR. PEREIRA: Delegado
HOSPITAL:
DR. ANÍBAL: Médico
CENA 1 - A PATOTA (Numa boca de fumo)
(A patota conversa sobre rock e a festa que irá acontecer no sábado. Aos poucos vão se identifican-do (nomes) para o público. Todos compram, se despedem e vão embora.)
Grinfa para Juan: Vai abrir a porta que está chegando um pessoal aí. Vai, vai...
Bruno de mão dada com a Guta (namorada): E aí Juan, tudo em cima?
Juan: Tudo certo.
Gereba: Oi, turma. E aí Grinfa, na boa?
Grinfa: Como sempre, como os bagulhos que a rapaziada gosta! Tudo de prima!
Bruno: Vem vindo um casalzinho aí...
Renato e Carol entram cumprimentam todos, batendo nas mãos.
Juan: **** show aquele, hem véio? O batera destruiu...
Bruno Só mano!... Aquele solo. Cara, eu pirei...
Gereba:. Eu já tava muito lôco, aí eu endoidei de vez. Pulei tanto, que hoje minhas pernas tão doen-do e o meu tênis todo arregaçado.
Grinfa: A mulherada tava solta. Foi uma doidera! E sábado Guta, a festa vai rolá? Tenho uma para-da nova aí que vai fazer a cabeça de todo mundo...
Guta: Pode crê Grinfa. Os boys compram os bagulhos e as minas compram a bebida.
Bruno: Já tá tudo certo?
Juan: Não façam questão de muita galera... Costuma vir uns mané aí, que além de dá brecha mano, não seguram a bronca. Espalham tudo só para parecer que são os tais.
Grinfa: Deixa quieto mano. Eles que entrem numas de abrir a boca que eu dou um trato neles
Guta: São uns babacas mesmo...
Grinfa: Abaixa a bola aí, que eu vou preparar um barato pra gente curtir...
Renato (falando à parte para Carol): E aí, será que não dá prá me descolar uma grana? Tem dois dias que não chêro, tô precisando do pó! Lá em casa o bicho tá pegando. .O duro é que o mané do meu pai, sabe que tem coisa errada, mas pra fugir da verdade, ele bebe até ficar derrubado. E com você Carol, como tá ?
Carol: Lá em casa eles nem se ligam que eu existo, Renato. O coroa só trabalha e bebe e a minha mãe só na Embratel. Eles não têm nem noção de que estão vivos. Meu pai pôs na cabeça que tem que ser reconhecido e pra isto precisa comprar um título de empresário sei lá das quantas, meu... Minha mãe fala tanta besteira! No dia do meu aniversário cara, cê acredita que ela confundiu o Ielt-sin, presidente da Rússia, com a Miss Finlândia. Depois dessa cara, fui direto pro meu quarto, chu-tando tudo que vi na frente e cheirei até empapuçar. Cê já pensou se eu casar um dia? Meus filhos vão sentir vergonha da avó
Renato: Pôrra meu... no fim tudo fica legal!. Eles vão até pegá bem com ela. E também a gente pode falar que ela é pirada. (Ri nervoso)
Carol: Ela já veio pro mundo assim. Encheu tanto o saco do meu irmão, que ele saiu fora. Não quer nem saber deles. A gente se dava tão bem,... Sempre que eu precisei dele, ele tava pra me aju-dar.... Sinto demais a falta dele...
Grinfa: (entrando na conversa): E aí meus camaradas, vão querer ficar numa boa? Eu to na boa!
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