sexta-feira, 31 de maio de 2013

Quando a vela se apaga - Autor : Letícia Alves

PEÇA; QUANDO A VELA SE APAGA ELENCO: 1. Pessoas de preto: I - II - III - 2.. Ana - 3. Mãe da Ana - 4. Renata - 5. Bruno- 6. Pai da Ana- 7. Grupo de Musica: 8. 1. 9. 2. 10. 3. 11. 4. 12. 5. 13. 6. 14. Sandra - 15. Fernanda - 16. Joca - 17. Paulo - 18. Junior - 19. Pedro - 20. Téo - 21. Gui - A peça começa com 3 cadeiras vazias... ouve-se o barulho de um sino entra devagar uma pessoa de preto, cabeça baixa com uma vela na mão, senta-se e apaga a vela. Pessoa 1: já nasci, cresci e fui jovem Ouve-se novamente um sino e entra outra pessoa vestida de preto, faz o mesmo caminho e senta-se na outra ponta da cadeira Pessoa 2: Tive liberdade, fiz minhas escolhas, cometi erros, fui jovem. Ouve novamente sinos e entra a ultima pessoa, porém esta não apaga a vela. Pessoa 3: não pensei em consequências, esse foi o meu erro e paguei por isso com a minha vida. Apaga-se a ultima vela... ouve-se barulho de relógio... entra uma jovem e deita na cama, liga o radio no criado mudo e começa a pula, ouve-se então uma voz. Mãe: Filha abaixa esse rádio. A filha continua pulando Mãe: Ana abaixa esse rádio!!! (fala gritada). Abaixe logo senão eu vou ter que subir ai e vai ser pior!!! A filha desliga o rádio. Ana: Pronto tah feliz agora? Droga nessa casa eu não posso nada, qualquer dia desses vou embora e ela vai ver só. Toca o telefone. Ela Corre para atender. A pessoa que liga aparece embaixo do palco no celular. Ana: Alô, quem fala? Renata: Sou eu, a Renata. Ana: Oi Re, td bem? Renata: Tudo e você? Ana: Eu toh aqui em casa para variar...quase em uma prisão.Acredita que minha mãe gritou comigo só porque ouvi música alta. Renata: Puxa, não liga não, as mães de hoje em dia não entendem de nada, parece que nunca foram jovem. Ana: É mesmo, como é dificil ser eu, mas tudo bem o que manda Rê. Renata: Menina vai ter uma baladinha lá no centro, vamos? Ana: Quem vai? Renata: A turma toda...ah o Bruno também vai e disse que vai levar uns amigos. Ana: O Bruno vai??? Renata: Vai sim e você vai perder esta chance? Ana: Puxa Rê eu quero ir, mas sabe a minha mãe né, ela é muito quadrada, não deixa eu sair a noite. Renata: E quem disse que ela precisa saber, poh Ana, acorda, você não é mais criança, sai escondida no meio da noite. Ana: Não sei, tenho medo. Renata: Ok ,senão quer ir eu chamo a Fe, você sabe né... ela também é afim do Bruno. Ana: Não, esquece eu vou...vou sim....te encontro lá. Ouve-se de novo a voz da mãe de Ana Mãe: Filha, filha vem cá... Ana: Ishi tenho que desligar que a bruxa tah me chamando Renata: Vai lá então, até mais. Ana: Até. Ela desliga o telefone e a mãe entra no quarto. Mãe: Quem era no telefone? Ana: Era a Renata da escola Mãe: Filha Já te disse que não gosto que ande com esta garota. Ana: Vai começar denovo mãe...poh deixa eu respirar, não posso nada, nem escolher os meus amigos. Mãe: Falo isso porque me preocupo com você e quero seu bem Ana: sei você não confia em mim ...isso sim. Mãe: Eu confio em você, só não confio nas suas amizades, mas tudo bem vamos parar de sermoes...vim te chamar para ir ao mercado. Ana: Denovo, nossa pareço até uma empregada, credo. Mãe: Pare de reclamar e vamos logo. As duas saem, sendo que a filha vai emburrada. Pessoa 2: Essa filha era eu...ai se eu tivesse escutado a minha mãe...mas não... achava que ser jovem justificava os meus erros. Entra de novo a filha, com uma roupa para ir a festa embaixo de um roupão, corre deita na cama. Entra o pai. Pai: Oi filhota já vai dormir? Não quer ficar um pouco mais com sua familia na sala? Ana: Não pai estou com sono. Pai: Então descansa minha filha e até amanhã. Ana: Até. O pai sai, ela levanta tira o roupão coloca travesseiros debaixo do lençol Ana: Pronto agora e só sair pelos fundos e ninguem vai saber... Sai de cena. Pessoa 2: O perigo me atraia então não perderia a festa por nada ainda mais sabendo que o Bruno ia esta lá. Pessoa 3: Eu também fui, estava meio sem jeito, mas queria logo pertencer a turma...mesmo que tivesse que esquecer das consequências. Entram 6 jovens ao som de música eletronica, fingindo dançar...pára a musica e começa o dialogo. Renata: Eu sabia, a Ana não vinha, é uma medrosa Fernanda: Melhor para mim que fico com o bruno Sandra: Nossa... Fernanda você é rápida hein... Fernanda: filha a vida é curta e eu quero é me divertir Renata: è isso aí Fernanda, e por falar em se divertir... deixa eu apresentar para vocês o Joca ele tem uma parada bem legal Joca: Oi Gatinhas...tão afim de curtir bem a noite Sandra e Fernanda: Claro Joca: Trouxe uns ecstases dá melhor qualidade, provem ai? Sandra: O que? Desculpa, mas não gosto dessas coisas. Renata: Ai Sandra, como você é careta, não queria se enturmar? Poh a galera toda prova de vez em quando. Sandra: Ah não sei não... me disseram que é perigoso Fernanda: Se é perigoso, pode deixar que eu tomo, não quero ficar de fora da turma. Joca: Não esquenta não gatinha isso é história de velho, prova, eu cuido de você, depois senão quiser mais tudo bem. Renata: Vai Sandra, é só provar... vc vai ver irá ficar ótima Sandra: Tudo bem então, me dê um. Volta a música e ela começa a dançar …saindo do palco. Renata: isso... vão lá se divertir enquanto isso eu a Fe vamos ver se o Bruno chegou. Chega então a Ana Ana: Oi Rê Renata: Eu sabia que você vinha Fernanda: que droga você tinha que vim. Ana: Claro, você acha que eu ia deixar você ficar com o Bruno. Fernanda: O bruno vai ficar com quem ele quiser Renata: Calma meninas... olha quem tah chegando. Entram 3 rapazes Bruno: Fala Meninas... tudo bem com vocês Fernanda: Sim e você Bruno Bruno: Eu estou ótimo e você Ana? Ana: Eu estou bem? Fernanda: Vamos ficar? Bruno: se liga Fernanda você já ficou com a escola toda. Fernanda: melhor pra você tenho experiência. Bruno: fica com o Paulo ele adora experiência. Paulo: Vem gatinha: Trouxe uma garrafa para nós. Ele dá um copo para ela e saem Renata: E quem são seus dois amigos? Junior: Olá eu sou o Junior Pedro: Me chamo Pedro Bruno: porque você não vai dar uma volta com eles. Renata: Ah entendi a mensagem. Aproveitem Bruno: Pode deixar. Ana: Acho melhor eu ir com ela. Bruno: não se preocupa eu cuido de você, vamos sentar um pouco Ana: Claro. Bruno: bebe um pouco disso, assim fica mais a vontade Pessoa 2: Bebida vai, bebida vem, e eu achando a noite um verdadeiro conto de fadas com direito a principe...enquanto para ele... eu era mais uma. Bruno: princesa tenho um lugar para te mostrar, vamos? Ana: Sim, mas tenho que ir para casa antes que amanheça. Bruno: Pode deixar que te levo. Saem os dois. Pessoa 3:Enquanto ela vivia um conto de fadas eu me afogava em um caminho escuro. Joca entra com mais 2 pessoas. Joca: Fala manos, como anda o ponto de vocês? Gui: Tah rendendo Teo: O meu anda meio parado...Olha quem vem vindo uma gatinha. Joca: Gatinha que nada, é outra viciada e olha que ela começou com um ecstase, hoje fuma e cheirade tudo. Entra Sandra Sandra: Oi joca Joca: O que vai querer dessa vez? Sandra: Vamos conversar primeiro Joca: que conversar...fala logo o que quer, porque não tenho tempo para perder com você, se quiser conversar fala depois com os meus brothers. Sandra: Desculpa, eu vou querer um quilo de maconha. Gui: E conversar não vai querer? Teo: Eu tenho tempo. Sandra: não hoje vou querer só a maconha., Ela tira da bolsa muito dinheiro, os outros dois vêem. Sandra: Vou nessa, tava precisando de altas doses disso. Eles esperam ela sair. Gui: Você viu a grana dela? Teo: Vi sim, vamos lá pegar? Gui: è pra já. Joca: Eu só não vou com vocês porque não quero perder a cliente, mas vão e tragam o que eu vendi assim comemoramos. Gui: Pode deixar. Os dois saem e o joca também. Pessoa 3: Eles me encontraram consumindo a droga embaixo de uma árvore, me bateram e levaram tudo que eu tinha... fiquei no chão morrendo de overdose. Volta o som de relógio. A Ana entra em cena e liga o telefone. Ana: Oi Renata? Tudo bem? Você pode vim em casa, tenho que te falar algo importante, certo até amiga e bom contar com você, viu. Ela desliga o telefone e a mãe entra. Mãe: Oi filha estou preocupada com você não quer me contar algo. Ana: Ai mãe dá um tempo, sai do meu quarto, droga... nem posso respirar A mãe sai chorando Mãe: Desculpe filha eu não queria te magoar. Pessoa 2: Em toda a história quem mais sofreu foi minha mãe, que via aos poucos eu me transformar, já respondia, não escutava o que ela dizia e a todo tempo, ela se perguntava aonde havia errado. Mas eu é que havia errado ...e muito. Entra a Renata Renata: Fala amiga Ana: que bom que você veio. Renata: Diga o que aconteceu? Ana: Estou grávida Renata: Como assim? Ana: Eu e o Bruno não usamos camisinha, não sei nem como vou falar para ele, não quero nem imaginar quando meus pais descobrirem. Renata: E daí? O que eu tenho haver com isso, se virá garota, nem conte comigo. Ana: Como assim? Pensei que fosse minha amiga. Renata: Desculpa mas não tenho culpa dos seus erros. Ela fala e sai de cena, enquanto Ana deita chorando.Depois fica abraçada com o travesseiro. Nisso entra Bruno. Bruno: Porque tah chorando princesa? Ana:que bom você tah aqui. Como conseguiu entrar? Bruno: Vi que seus pais tinham saido e aproveitei. Ana: tenho que te contar uma coisa, mas sei que você irá me apoiar pois nos amamos. Bruno: Claro, Ana eu te amo, diga o que é? Ana: Estou grávida Bruno: Como assim grávida? Ana: Estou esperando um filho seu.Vamos ter um bebê. Bruno: Você vai ter, porque eu não quero filho...ainda mais nem sei se é meu. Ana: Claro que é seu! De quem mais seria, você esta me ofendendo Bruno: Olha não posso ter certeza de nada, o que posso fazer é te dar um endereço para você abortar (ele dá um cartão, ela olha para o cartão e volta olhar para ele) Ana: Mas e nós. Bruno: Não existe nós, se virá, toh fora. Ele sai e ela senta um pouco, toca uma música triste, de repente ela levanta pega a bolsa e sai. Pessoa 2: Naquele mesmo dia fui no quartinho onde faziam- se abortos e de lá não sai, acabei morrendo por hemorragia, enquanto ao Bruno acabou em uma de suas aventuras pegando aids, pois nunca se prevenia e hoje se arrepende amargamente. Pessoa 1: Enquanto eu...ou melhor a Renata... também não tive um final feliz. Entram Junior e Paulo fingindo que estão conversando Renata: Oi meninos Junior: Fala Renata Paulo: Fiquei sabendo que se uniu no tráfico de drogas com aquele seu amigo Joca Junior: eu também fiquei sabendo. Renata: è meninos dá para faturar uma boa grana Junior: sério? Renata: sim, eu me envolvo com a turma e aos poucos vendo minha parada Paulo: è bom saber, porque tomamos a boca do Joca. Junior: É... e agora vamos tirar o seu ponto. Paulo e junio atiram Renata: Não....naaooo... Cai aos poucos no chão...as três pessoas de Preto saem e ficam em pé ao lado do corpo. Entram pessoas segurando velas e ficam a redor delas, ao som da música “Lágrima_ao cubo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário